Tem certeza que fará três refeições hoje? Que a noite terá uma cama para dormir? Que, quando sair, vai conseguir ter um meio de transporte para chegar a seu destino?
Já percebeu quão luxuosas são essas coisas?
Parece que precisamos perder, até mesmo, o que pensamos ser o básico para dar valor ao que temos!
Estamos vivendo coisas inexplicáveis… subindo em montanhas mágicas, entrando em cidades místicas, nadando em águas transparentes: verdes, azuis e de diferentes tons. Coisas que, para muitos, seria um luxo, mas, para isso, precisamos abrir mão de muitas coisas… coisas que, por muito tempo, eu diria que eram básicas.
Tanto tempo sem comer e sempre optando por biscoitos, miojos e bolachas que, cada arroz e feijão feito em casa, parece ter um sabor sem igual. São tantos dias dormindo no chão, dividindo colchão, que toda cama com travesseiro e um lençol parece ser do algodão e da seda mais cara do mercado. São tantas caminhadas com uma casa de quilos e mais quilos nas costas que cada carona de caminhão, mesmo dobrando nosso tempo, parece uma viagem executiva em um avião.
Quando percebemos que essas coisas são luxuosas? Ou melhor, quando deixamos de perceber que temos coisas tão raras e gostosas? Quando deixamos de viver e aproveitar a vida como um mochileiro? Vendo até em um copo de água uma conquista, uma alegria e um ar de viver.
Estamos vivendo… E, até que chegue nossa morte, estamos vivos. E, por viver, que precisamos nos manter vivos em cada coisa que fazemos, precisamos achar a vida sempre que possível, pois dela a gente só tem a viver.
E a única certeza, é que essa pode ser a única e última vez.
Texto por: Alexis Matos
Estudante, pensador e crítico de comportamentos sociais e políticos.
Parabéns 🎈🍾🎉🎊
vaaaleu Marlon! tamo junto!